Alguma coisa tem de renascer
do inferno
da não existência;
ainda ontem quando pelos ares atravessava toda esta distância
mirei na curva ao fundo
o cais bravio
não eras mais a minha preferida,
aparecias já pedra fumegante
obturada pelas larvas da mudança rápida
agora e aqui
envio-te a gargalhada
o rodopio frenético
e quente
que nos desejamos
sejamos pois nómadas do prazer
e encontremo-nos noutra galera
em cais cheiroso e colorido.
"vamos dançar uma outra dança"
22.11.05
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