21.1.11

A escrita

A escrita que nós só a sabemos

surge da dor

ou do amor.

E mesmo que nossos olhos se entrecruzem

O amor lá está

Em um dia.

Se me desses um sapato eu sorriria,

diria que só deveria ter

vindo de ti.

(Na planície ensino-te as direções todas erradas

Para encontrares o rumo que é o certo)

Adoro-te como se a luz me incendiasse -

jamais me perderei por ti -

por isso a escrita acorda e eu gosto

-te.

A rotina.

A rotina escreve-se verde

mesmo que o azul me ondeie

amanhã vou fazer um plano de vida atingível,

um retrocesso e um progresso de lembrar que ainda continuas doce.

Só por isso me convido às tuas horas,

me imiscuo na tua rotina,

se bem que por uma hora.

.........

Um avenir é uma página a escrever

Com base no aqui que será em breve.

A rua, o caminho está no ouvir ela a cantar o azul da língua

(e) se entregar a uma realidade que tem de ser.

Existem
momentos azuis.
Esta a côr preferida mesmo em me perder;
Lá fora, o seu sorriso dilacerando a noite.
Azul, apesar do fogo.
Como ela me expludo em inconstâncias,
uma mulher a aprender e eu amo isso.
Nessas dimensões que têm sempre a côr que agora não digo,
os dias prendem-me.
Solto o mar diz-me o seu sorriso.
O olhar lá para cima, para aquela constância infinita do prazer positivo
faz-me mirar-te nos olhos e rir.
Desprendimento,
uma das palavras mágicas que retenho
e brinco
e jogo, atiro a ti.
O truque, a avenida,
o avenir
reside na simplicidade do teu sorriso.
Sorriso que ecoa forte
e sonoro pelas ruas pedonais do meu devir.
Confesso-te o meu amor,
rir em na cama nos rir-mos dos short comings
que tu mos dirias se te houveras tê-los.
Planícies, percorridas imensas em tuas vibrações
(que) condensamos todas as outras.
E tu sabes porque te amo?!
por desejar possuír outra vez a minha escrita.