31.12.05

"THE BRAIN is wider than the sky,
For, put them side by side,
The one the other will include
With ease, and you beside.

The brain is deeper than the sea,
For, hold them, blue to blue,
The one the other will absorb,
As sponges, buckets do.

The brain is just the weight of God,
For, lift them, pound for pound,
And they will differ, if they do,
As syllable from sound."

....

"A WORD is dead
When it is said,
Some say.
I say it just
Begins to live
That day."


The Complete Poems of Emily Dickinson - Part One: Life

My last post of 2005.
Viva 2006, the best year of my entire life is coming very, very soon!

Empathy is the root and is a wonderful feeling (and tool)
language is only one part of it, after all!
And this is for you, first of all!!!...
(wish I could understand your language, too!)

"my first smile of the day"

29.12.05

"There are three bodies that are eminently connected: the territorial body, that of the planet and ecology; the social body; and finally the animal or human body" from this results the need to reorient oneself with respect to the other –the question of the neighbor and alterity. Reappropriating the body is not merely a question of choreography – but of sociography – relating to others and the world."
Paul Virilio

(Porque se quer real a poesia?
Porque a poesia é acção
E na revolta
Uma mistura de simbolismos
Transforma
Os dias

1999
O verão são 2 meses...do frio Julho da Dinamarca

Num final, premissas que afloram; a tempo?
É de feriado este entardecer; com sons estranhos
a invadir o estrelejar do jogo
as arvores em fila
na mesma,
mas mais silêncio,
os arredores dimensionando o nosso
silêncio.

Mais longe a casa e ainda mais para lá
a baía,
impressionantes miragens aqui tão perto
fortes e com cheiro vivo,
as aves acomodando-se,
os cães volteando-se.

O dia esvazia ao ladrar dos cães, os sons do
dia,
no paraíso de aqui.

As perspectivas mais íntimas,
a horas que são as nossas,
diferentes escalas ponteadas a verde
num fundo mais antigo.

Abre-se a noite
ao azul do canto.

Se me direcciono, perco o fluír

Subúrbios,
a vigia assemelha-se a uma janela
a musica é ligeira, em samba
delegações variadas
animam o pátio
ainda os cães e a baía,
a baía dos cisnes,
sossegados, discretos
as árvores.

A raridade é em tempo,
mais longo, mais saboroso
a lentidão do olhar
um papel e uma caneta
colagens, colagens
e invasão.

Evado o suspirar do dia
mexo o corpo
e associo o arrepio a lá ao fundo
na paisagem
na lonjura de um olhar que sorri.

Longínqua

Conseguimos fugir das coisas
na ausência
conseguimos
na presença transfigurar um
local.

Podemos identificar
o azul do mar e
o verde dela,
ainda à pouco saltando
estas poças de
um verão esguio.
O Brasil e Africa
dois prolongamentos
em coladeira
garridas cordas em
mastro de sons.

Ela passa
diagonal à porta grande;
prefiro imaginar uma entrada
de surpresa
um som de palavras e
Um olá quente...

Na realidade um olá quente

É negra e quente
pequena e activa
procura
e luta para encontrar

e vai outra vez
em diagonal
pela verde esquadria;
é um pátio largo
como o seu sorriso
todo na ombreira do meu
esconderijo

É bom ser conde
pequenino perdido
num dilema,
no castelo
mais alto que as pessoas
que animam diagonais
entre as janelas...

Mais tarde fico de te falar
rápido,
em fuga.

2002
Nas montanhas da fria Noruega

A canção a ela
Tudo é bonito meu amor
Quando te vejo o olhar
Tudo é bonito meu amor
Quando balanço no teu ar
E vejo cores, tantas cores
E movimento
Que tudo é bonito, meu amor
Quando te tenho no olhar
Esses olhos de princesa
Esses olhos de amor
Que passeiam por aí, sem nunca se agarrar!
Ai liberdade, amor
Ai alegria, amor
Ai liberdade que por ela te desejo, amor
Ai movimento e balanço
Ai mar e firmamento
Quando tenho teu olhar
Quando tenho o sentimento
De por ti tudo largar
De por ti tudo amar.

11 horas: dia 3 / pós elas / pós ele.
A caminho o sol espelha
uma luz que
é forte
um azul em forro em acetinado
arredor.

Falhou o sexo, aquele sexo que eu queria
mas
no caminho largo o horizonte se
concentrou
e tão próxima é a sensação
de qualquer coisa
que se transforma
que neste sol nem os farrapos
de neve
apagam
um dia novo.

Porque te amo – e é só
e porque te quero – e é só
me desanuvio
em sorrisos e
assobios que nao ouço.

É manhã e é dia,
um dia gloriosamente
claro que conformo,
lembranças de nada
de apenas a ter beijado
em despedida.

Falamos em drogas e médicos
mas nada é mais curativo que estar
em descanso com quem se deseja.

A terapia nasce de um desejo que se
transforma em projecto comum,
ser feliz,
estar junto na distância e
sacudir
qualquer lembrança de animal
domesticado que se foi.

E é assim amor que de manso
se encontra o necessário espaço
para um salto,
um salto real, um salto que
se deseja real.

E em rodopio mil planos
se desenham
o horizonte claro
a terra que se respira
o sol que aquece
e as pessoas que
se projectam.

Se a vida, o correr os dias tem
diversos ciclos
diversas energias
e cores e sons,
outros sons agora
se tornam fortes
e o gosto dos sabores
da carne se
misturam ao desejo de mudança.

Ser radical, amor,
na recusa do normal
da rotina que devagar
se imiscui no teu caos natural
ser radical, amor,
no desejo que torne
a minha carne
activa!

É necessário que seja um “bastard”
para sacudir anos de poeira
de cima.
Resolver as coisas,
resolver todas as
coisas
em globalidade uma totalidade
que se não questione
nunca.)

Esquecidos e achados

27.12.05

Nestas manhãs a preguiça enche-nos
a preguiça como melhor espaço de visita
aos nossos preferidos
aos nossos amores;
nestas manhãs leio alto poesia
na praia e no parque;
ontem o mar revolto
hoje a maré baixa,
a neve caminhando passo seguro para nós.

Hoje li alto para ti
"O amor em visita"
e mesmo que pouco mais entendas que "Bom dia"
senti o mar volteando-te
os teus pés descalços desenhando pegadas
ao redor de mim.

Visitarmo-nos todas as manhãs
une-nos mais e mais à vida!


"o mar aqui tão perto!"

25.12.05

E é assim, a água plana e larga
como algumas vezes observei em teus olhos
entrega-me ainda mais a ti.
Perguntas se me consigo apaixonar,
como é o processo da paixão...
e eu engulo as palavras e entro em mim pelos teus olhos
e desejo-te...
"não sei...", respondo mirando o teu sorriso bonito,
sentindo-me tão bonito de te ter em frente,
bela, pequenina, com a força toda da minha libertação.

"i like you a lot!"

Mesmo sem acentos apetece-me invadir o teu espaco por aqui.

Nestas alturas lembramos com mais tempo outros que nos dizem muito ou alguma coisa.

Neste caso nada nos liga que um blog que um dia descobri por mero acaso. Um acaso feliz porque me mostrou um projecto bestial que me tocou.

Um caso de empatia, que me fez sorrir e me aticou a curiosidade: para quando o proximo post?... uma rotina sem ser rotina, a visita rapida quase todos os dias, outras vezes mais prolongada para me deliciar com a escrita, bonita, madura e optimista (?...), a desenvoltura dos comentarios aos comentarios.

A vida, vivida com vontade, tem tanto de acasos! ; acasos sao sal e pimenta, as cores, os sons e os cheiros que nos entram tanta vez de rompante no nosso espaco mais proximo! Acasos que nos fazem algumas vezes mudar o rumo 360 graus!

Por mero acaso, estou feliz aqui e agora e quero mandar-te pelos ares um pouco desta sensacao tao deliciosa e quente, projectar o meu sorriso e os meus desejos de tempos bons que encham tambem os teus dias em 2006!

"paz pr'a ti!"

19.12.05

I've got too much energy to switch off my mind,
but not enough to get myself organized.
My heart is heavy--my head is confused,
And my aching little soul--has started burning blue!

I can't give you up, till I've got more than enough.
So infect me with your love--
Nurse me into sickness. Nurse me back to health.
Endow me with the gifts--of the man made world.

When desire becomes an illness instead of a joy,
And guilt a necessity that's gotta be destroyed.

Take me by the hands and walk me to the end of the pier.
Run your fingers through my hair,
and tell me what I wanna hear--
Will lies become truths in this face of fading youth
from my scrotum to your womb, --your cradle to my tomb.

Nurse me into sickness, nurse me back to health
And tell me what it is that I want in this world!!

Infected, The The


Janna Stern Image

17.12.05

Sabemo-nos migrantes,
passeando leves por aqui.
Sei-me tão cigano,
em honra
em nomadismo
por espaços
por corpos
pelo secretismo da minha solidão.
Desejo
multiplicado pelos espaços
do viver aqui e agora...
Boa noite, amor
até já
até sempre...


"adeus!"
Hoje acordei a pensar nos teus filmes...merci bien Robert Bresson!



"Une femme douce"
1970 / Olga Polackova-Vyletalova Art

16.12.05

Venho
para vos festejar.
Venho porque a energia que me move
foram vocês que ma injectaram
nas veias,
no coração
no corpo que não consigo parar.
Festejo
as alternativas
as canções
os ritmos
os pensares unos e positivos.
Abraço o vosso amor à vida
a vossa procura do estar bem
e simples
e fora dos contextos normais,
das pessoas normais.
Enquadro-vos no meu espaço livre,
laboratório de linguagens unidas
nos corredores, nas salas, no parque...
Hoje dancei para vocês,
e enquanto dançava sorri da vossa surpresa.
Sim é lua brilhante
e a dança é fisica,
atiro-vos ao chão, rolo por cima,
fazemos o círculo bem perto
do movimento dos corpos,
grito e vocês gritam comigo,
e corremos botas no mar brilhantemente calmo.
Hoje obriguei-vos a beber da loucura
de ser colectivo
pensar conjunto
extraírmos a energia uns dos outros,
sem drogas ou alcool,
no movimento compassado dos desejos.

"hoje dancei para vocês"

15.12.05

I
Azulado vento partido
e em desuso
por dados mesquinhos;
que te dizer
do discurso do scott
que ir embora será um dia
nos dias que se consomem,
um passo na direcção do junquilho balanceante.
E a resposta considera-se dada.
Nao me mexo e escondo-me por de lá do apontado-
penso que a doçura em algum momento se condensa na tortura e na morte;
estou com fome
estou com sede
estou vermelho de raiva,
laranja das auroras incendiadas;
estou também farto de bolo
e choradeira
e de ir-me embora a qualquer hora.
Misterioso dom,
tapetes no limiar da morte
sempre repetida sem qualquer incidente.
Necessidade de tempo fora
necessidade de tempo fora,
de tempo para resolver
as águas paradas e os risos rotos.
Irei embora irei embora
para que ficar aqui?

II
Christmas Carols,
e ela incendiada
fogo espalhado,
todos cantam, todos desejam
todos em cio;
Que luz!
outra vez a praia e contact dance
a substituir Capoeira,
mudas, mudas e desejas
sabes a mudança e danças
loira de desejo.

"automatica lua cheia"

14.12.05

Sometimes
sentimo-nos bonitos,
e com o mar tão perto em quase lua cheia
conduzimos,janela aberta
pelas estradinhas em ziguezague...

o mar brilha tanto quanto os teus olhos
a areia coberta de pedrinhas quase tão grandes quanto o nosso sorriso
e decidimos cantar as nossas canções.

"Sometimes i get too drunk,
I feel so goddamned low
I have no place to go, no one to turn to
I think about your loving arms, where i'd like to be
But it's selfish as can be, and i know it
And if i'm sorry for myself, i'm sorry for you too
'cause i'm the same as you, and i'm burning"

mesmo sóbrios rolamos
na areia de tanta pedrinha,
o mar brilha quase tanto como o teu sorriso
e a canção no ar

"So i sing for everyone who feels there's no way out
So maybe if you all shout someone will hear you
Listen to them shout"

la la la

"I won't say that i love you, 'cause that would be a lie
I can only say i try, and you know it
Love is something more or less than words can hope to say
It's something day to day in the life we're living
Lovers come and lovers go but friends are hard to find
Yes i can count all mine on one finger"

frio? naaaaããooooo!...

"So i sing for everyone who feels there's no way out
So maybe if you all shout someone will hear you
Listen to them shout"

fantasticas as luzes ao fundo
na plataforma
off-shore,
la la la

"So i sing for everyone who feels there's no way out
So maybe if you all shout someone will hear you
Listen to them shout"

Sometimes
sentimo-nos bonitos,
e com o mar tão perto em quase lua cheia
conduzimos,janela aberta
pelas estradinhas em ziguezague...

"escapadelas"
(lyric, Shouting In A Bucket Blues, Kevin Ayers)
I just came in off the street
Looking for somewhere to eat
I find a small cafe
I see a girl and then i say

'may i sit and stare at you for a while?
I'd like the company of your smile'

You don't have to say a thing
You're the song without the sing
The sunlight in your hair
You look so good just sitting there

'may i sit and stare at you for a while?
I'd like the company of your smile'

May I?
(from June 1 1974 , Kevin Ayers & company)

13.12.05

Lancei os dados
e
eles irão ficar juntos;
tenho a vantagem
da sensibilidade
e a idade
da felicidade
o prazer do jogo
e o desejo de os ver juntos
aqui por perto!

12.12.05

Densidade a west
na fuga
ignoras east;
sabes de qualquer jeito que ela esta la
sem acento
esperando
te
a presa.
E mesmo que os olhos te lancem
transes
olhas west
denso e verdadeiro
e ignoras east
denso e verdadeiro
mas sem acentos
sem mais que a dor
que advira...
Ignoras east
embora sofrendo,
embora livre.

"a este nada de novo"

11.12.05

Fugi
outra vez de ti
diversa
e junta
quero
te
bela tanto.
Fugi
de ti,
não posso
poderei ser agarrado?...
quero a tua vertigem
desejo e fujo,
quero-te
desejo

tira
vai
vai
por favor esquece
que desejas
queres
nem queres,
...fujamos!

"ela, a minha preferida"

10.12.05

Antes mesmo de surgires
por essa porta larga,
oferecida
e
roubada por teus desígnios,
antes mesmo de te ter
te hei perdido.


Simples
tão claro desde o início
em que
nos oferecemos em jogo.

Pertencemos a mundos diametralmente diversos
perspectivas divergentes
unidas no prazer do jogo.

Antes mesmo de te ofereceres
eu fechei a porta
e nela uma fresta para tu me observares
olhando os teus seios desnudos
na transparência dos nossos cantares;

O meu desejo de ti
é a fuga para a praia
onde canto canções desesperadas
abandonando-me a alguém que queira realmente amar-me.
(antes de ser tarde demais...)


"jogadores"

8.12.05

Celebrar a vida,
"dois dedos" ,
é encontrar no simples
a totalidade,
a felicidade que nos oprime a respiração
o riso que vem do fundo de nós;
celebrar a vida
é a entrega sem medo
a confiança,
observar o coelho na nossa frente em sua rotina diária
e nós a mirar em riso;
celebrar a vida
é simplesmente na preguiça
descansarmos
em faladuras perdidas no tempo;
celebrar a vida
é o prazer da visita
aos locais secretos
dentro de nós
dentro dos arredores próximos.
Que bom ter-te
"dois dedos"
aqui à mão,
beber de ti
dar a ti o que procuro
procurarmos não sei o quê dentro de nós...

Celebrar a vida
é o nosso sorriso idiota através do dia.

"gracias a la vita"

7.12.05

Convidei
hoje, tão cedo quanto o sol despontou
"dois dedos"
a caminhada
ao meu local secreto.
Olhos de água,
um abraço forte
em desastrada beleza,
magia necessária
para glorificar este dia!

"o teu sorriso convida!"

6.12.05

Automatismos diversos
emergem do arredor pesado,
mecanismo adulterado,
interstícios
que se afundam
vagarosamente
dentro
dos
sorrisos.

"piruetas na lua em quarto"

4.12.05

Repentinamente a magia deste mar castanho
revolve
o presente
tão violentamente que te desejo,
e a plasticidade de recente discurso
liberta um odor estranho

será o mofo que me falavas antes?...

estou pronto amor
para mexer ainda mais
os corações das pessoas,
aí onde tu lutas
aí onde o cheiro da pobreza
te faz esquecer toda a comodidade
e o amor se espraia mais verdadeiro.

Estou pronto amor
para a luta verdadeira!

"vamos dar sonhos aí"

2.12.05

"... the origins of speech lie in song, and the origins of song in the need to fill out with sound the overlarge and rather empty human soul."
J.M. Coetzee, Disgrace

Carlos Paredes, "Mudar de vida (musica de fundo)" consegues ouvir?

"hoje pela noite adentro"
Fascinado pelo tempo
transportado a mim pela tua graça
projecto os ouvidos
no espaço que se vai encurtando

[visitado e revisitado o passado
a ponte construída por conversas e olhares]

o silêncio aproxima as duas margens
numa vibração conjugada
no riso aberto da confiança

posso ser agora mestre e aprendiz
palhaço e acrobata
senhor sem escravo
amante solidário,
rio que transporta o sonho até à foz

"a flôr abre as suas pétalas e o seu cheiro inebria"

30.11.05

Do tempo
em que ainda eras
uma página branca entre tantas outras
anotaste olhos
fascinado pela sua poderosa transcendência.
Mil olhares passados
outra pequena nota
inscreve-se na página amarelecida
olhos são mares em que me lanço sem rede
e sem reserva.

"os teus olhos são como mares"

29.11.05




"mira mira-te mira-me"
A minha dispersão usa a poesia
para se condensar em discurso
claro;
em proporcionar ao espaço dos amantes
uma plataforma límpida
o quotidiano direcciona-se
à revolução possivel;
a volupia surge como a onda
transfiguradora
accionada pelo prazer do rodopio
dentro de ti dentro de mim.

"olhos nos olhos"

28.11.05

Apropriaram-se de ti
e ainda bem
permitires
que os olhos
se partilhem
de sorte
de prazer
de ingenuidade.

Ainda bem que senhor
não te tenha como escrava
luz que se não deixa agarrar.

A transparência
esvai-se
o caminho é outro
e os segredos
o discurso
a amoralidade
perder-se-ão no lodo.

"predadores"

27.11.05

Dos olhos
as perspectivas abrem-se

olhos que se enchem de água
invertem as perspectivas

da negatividade e da dúvida
de dentro
lá de dentro
das águas que me miram

turva e nítida

expande-se em mim a vontade e a certeza
da mudança próxima.

"(hoje) estou em ti e redescubro as paixões"
Quebramos os sonhos
juntos
assim o desejamos
no sublime e no detalhe
na impossibilidade de partilhar mais
do que a construção de caixas
o mar tão próximo
o prado onde o pónei cego nos mira em faz de conta
mas o nosso riso é saudável
vem de dentro do prazer das coisas simples
e dos sonhos do aqui e agora;
e não nos limitamos aos nossos olhares lascivos
vamos para lá deles
na partilha dos sonhos que quebramos
porque tem de ser.

"I don't understand why people insist in giving me things...!"


Merci bien Janna Stern for the brokendreams
Ontem adormeci em ti
adornei-te o corpo
de desenhos
as tintas que me pediste antes
o brilho de teus olhos
o teu corpo esguio
e essa intemporalidade caçadora de segredos
dos meus medos
da minha virtuosidade

e hoje acordei em ti
e brinquei com o meu corpo
barbeei-me
em duche longo em cantoria
e o brilho dos teus olhos
encheu de energia
e desejo
este novo dia.

"que bom este velho gosto"

26.11.05

Comentas em desespero
o interior para o outro
e sabes que assinas
o livro da morte
da morte lenta, eficaz e necessária;
é a inadequação ao lugar dado
a inoperabilidade do sentido critico que desnorta
o calendário
a motivação essencial.
Apenas desisto
apenas me maquilho de intemporalidades não sentidas
movido sem movimento
retrocedido
introvertido num tolhimento tão mais concêntrico.

As cores são sistemas que já não uso
rebentado
excruciantes verdades afloram,
a impureza toda junta
provoca um cancro buraco pestilento irremediavelmente acabado.

"sei que te quero e não quero"

25.11.05

Eram estorias de um envolvimento quase
electrico; um milhao de evolucoes que prendiam
em ritmo voltaico os espacos em redor.
Era tambem um tempo em que as luas
volteavam em sombras o movimento nocturno
de algumas criaturas.

Era por esses tempos que me ouvia assobiar
num estranho contentamento.
Nada perfazia um azul marinho que nao
buscava mais que a satisfacao imediata.
Tempos de uma certa letargia que ao mesmo tempo
avancava devagar;
tempos suaves que nao olvidavam aliteracoes de constantes fluidos.

Redondel disperso. Sem as portas das relacoes dificeis
ou as janelas de relacoes a construir.
Miriades passavam e azul o mar
augurava milhares de estrelas de sorte.

Eramos muitos
abracados em um silencio
que ouviamos
um assobiar tao dentro que nos ultrapassava.

Azul o mar e azul o ceu.
Tanto poderiamos ser em festejos um so
ou em enterro tantos.

Verde era uma cor imaginavel.
Nunca presente fisicamente,
-nem implicitamente desejada-
mas que volteava assim como que uma aura.

Verde que significaria
os sorrisos interiors que imaginavamos
ao ouvir o som
dos nossos cantares secretos.

"E de repente tudo se torna repetitivo"
desviado daqui

24.11.05

Tracei um plano:
escolhi as cores
e um discurso cinzento, cizudo
para contrabalançar a alegria dos arredores

acontece que as trovas definham
mesmo ao passar o alce
castanho pelo parque a hora de perguntas

clareias
e animas o ar com a decisão que porventura
não é a definitiva

mas do sentido das coisas decididas
sei que não consigo parar o trânsito
na minha mente

"ela é tão sofiscada!"


I chose the road less traveled -- now I'm really lost.
Howard Hoffman ... On Life


"que bom perder-me em ti"
Descubro com contentamento
a leveza,
misto de filosofia politica
praxis
e pobreza,
e sinto-me feliz por
-a todo o momento-
poder ser nómada,
peregrino em mil lugares
visitante de mil sonhos
amante milésimo
como as mil palavras que uso
e brinco.

"sinni"

23.11.05

Consigo-te explicar a minha inércia
mas não tenciono
marchar em terreno movediço.
O desejo enquadra-se perfeito
no teu corpo altivo
princesa que me queres crer.
Não te tomo o corpo
como chá verde -
existes como infusão antiga e refinada,
um gosto que se suspende do abismo.
E sabes que o teu exotismo
me agrada
me agarra sem nexo aos teus sentidos.

"porque me visita agora o pássaro fugido?"

22.11.05

Apetece ao lúdico
relembrar as viagens
pelos mares
de longas e sedosas barbatanas,
peixe
num jarro azul imenso,
derramando pelos jardins
o seu indomável espirito -
qual flor
rosa enorme ,
de odor intenso,
tão caprichosa e onirica.

"quase plagios que em sonhos se estiram"
E de repente apetece escrever
o espaço vazio
tanta teoria
dada ao ar
que a manhã vai trazer mais surpresas
se à noite se roubar o sentido

"ecco!"
Alguma coisa tem de renascer
do inferno
da não existência;

ainda ontem quando pelos ares atravessava toda esta distância
mirei na curva ao fundo
o cais bravio

não eras mais a minha preferida,
aparecias já pedra fumegante
obturada pelas larvas da mudança rápida

agora e aqui
envio-te a gargalhada
o rodopio frenético
e quente
que nos desejamos

sejamos pois nómadas do prazer
e encontremo-nos noutra galera
em cais cheiroso e colorido.

"vamos dançar uma outra dança"
O direito a preguiça surge da inevitabilidade
da tua ausência;
sem teu gosto forte
teus labios carmim
teu corpo insidioso em pulsão fremente
resto
quedo e mudo no canto das orgias projectadas.

"urgência"

21.11.05

Tantas são as coisas
que nos comprimem os sonhos
e os desatam
e os reviram
tanto
é o meu desejo de ti
tantos sonhos revirados
tantas coisas desatadas
em azuis e amarelos
em manchas alaranjadas de final de dia.

"escapatória"
nada confunde mais que a tua lua
escapada e confiante
usando linguagem antiga de barreiras diluídas;

quando tento traçar no ar o teu regaço
sinto uma quentura intensa de entrega a outros;

sorrio no entanto
e passeio pelas grandes avenidas da Paris que amo,
um cacho de uvas frescas na mão esquerda
na linha de uma nova amante
para os lados do Tcha Tcha Tcha du Tango;

se me ignoras e te reencontras nos braços dos teus amantes
perspectivas outras me trazem os regaços das minhas novas amantes.

"belle de jour"

19.11.05

na contra mão
acentuada pelo contraste da luz em divagados contentores,
os olhos em pergunta constante
de desejo?...
de interrogação como se nada fora ontem
e apenas o aqui se entende?...

e na outra mão, nos corredores claros das estações
para outras margens,
o silêncio preenche o espaço dos olhos que se miram
em perguntas proibidas.

a ausência do outro
nem é o outro mas o preenchimento com outra realidade.

"na dinamarca em open weekend"

13.11.05

Dou
sem reservas conduzindo
a vida em condensada estoria de dez minutos
de cada vez

e eles recebem
em sorriso
toda a vida condensada em dez minutos
de toda a vez

e na pizzeria
os estomagos enchem-se de risos
uma cumplicidade
de meninos e seu mestre
grande - porque tem de ser

e nos dias que se seguem
o fio de estorias so minhas
provoca
um fio de estorias que e so deles
e a cumplicidade
cresce
e o desejo cresce.

"a vida condensada em dez minutos"

3.11.05

vais bonita
interrogada como sinto a outra
faltas
e segregando te irei reencontrar na praia quente
o teu sorriso bonita
passaporte para a novidade de seres
como tu sem esperas
apenas som
a musica
o olhar imaginario como a outra
a azulada sinfonia das mares enchendo e vazando
nos corpos

"a despedida"

22.9.05

mastigo
a tua imagem baça ao espelho
o espelho quebrado da sala em ruinas

junto comigo
vejo-me em ti na aurora incendiada
a imagem turva e forte
da nudez

alimento-me
do fogo e da corrida
da dilaceração
das cortinas de paisagens

"a verdadeira poesia ri-se da poesia"

21.9.05

levar a nada
numa exactidao de coloridas escapatorias
sentado
e mudo
olhando ela a que me enche
no atrio
na portada convulsa de uma embriagada matriz
sentado
e mudo
no horizonte de um sorriso de paredes meias
transversal de ritmos
de olhares interrogando as horas
fugido
sentado contigo e mudo
pensado o lugar do proximo encontro
a surpresa
de um desejo mutuo

"so o presente pode ser total"

17.9.05


o meu mundo



o mundo aqui


o outro mundo




Dedico esta inversao a todas as mulheres que amo
ou
"Tudo e mulher naquilo que se ama"
“Thank you,now Im getting every day more and more clever!beautiful day, so Im taking M. to containers again to feed the hourse and disturbe boys a bit.Love”

Semacento
Habituei-me a ausencia de acentosSemacento ate que paciente mude os settings da minha maquina.em mudando o mar de perspectiva e em no olhar outra paisagem se alinhe,semacento continuara
Um figo e uma amiga
Do que se passa o que se casa
run slowlyfast
uma escrita automatica para passar aos outros
que aos outros eu na preguica de elaborar uma noticia
me quedo como o assobiador sem o dedo que acaricia.
Teorizar sem acentos e como noite sem dia
cao que ladra sem se ver
caravela milenista encalhada num mar de sargaco azul
como o teu sorriso
let's go political
Nos redondeis azuis/uma confusao um azul como os ceus.
Azul em redondel/muitos em vermelhas dancas.
O som da voz era negro; mas com as cores
Vem-me sempre aquela sensacao de abstinencia sempre que leio Debord ou sobre ele; talvez que uma das etapes seguintes seja por os pes no chao e arrancar mais para um tempo em que a escrita se centralize mais; se apresente como um "pathos" mais do que uma excrecao!
Derivando - e aqui e importante reconhecer as bases do pensamento situacionista - reconhecer que a deriva existe no interior de cada um de nos.
Consideremos por exemplo os participantes a nossa volta; existe uma clara deriva num activismo que nao excede um percurso ainda sem final.
Punhamos entao a deriva no seu exacto espaco!
Notas a Vaneigen
A monotonia quebranta o corpo;a nocao de um edificio que se ausenta num espaco aumentado.
Divergentes corpos que se saturam ao cabo de um tempo.Como se a vida nao fosse tao facil - se assim o quizermos.
A noite e sinal - em este caso - de um momentaneopensar parado;azul - sempre aquela cor bramindo sua calma.
Como calma e a noite do exaspero;milhares de pequenos seres confrontando a exactidao do tempo.
La, nos arredores ainda intensos ouvimos em prazerteu canto melodioso;in and out - musica do sertao.
Dentro e fora como o azul do marausente, deitada no leito agora calmoseus olhos miram para la do tecto.
Como o desdem pode causar uma morte vaziadescontextualizacao e o brandir de um mundovariegado em tantos arredores.
Poein
Numa realidade a todos os niveis ultrajada por vis comentadores,ela, a poesia, pelas aleas do meu jardimdemonstrando um poderio que se desconheciae, alas, de um canto esconso do jardim seu amante esconjurado se aparta das suas vestes escuras.
O sol la fora e fresco, mil estrelejaresbrotam dos arredores;adivinha-se uma tensao enorme, das multidoes das aldeias;mas ela esbranquica seus tenues lacoscom o mundo real,abracada, fortemente conectada a seu cavaloandaluz.
O tempo das azaleas e passadorejuvenescida pelo seu descansodas batalhas, na boca o humus ainda quente do seu amante.
Ultrapassagem, adiante, ultrapassagem, adiante!
- E necessaria a ultrapassagem,no adulterio, na combinacao gloriosa de lascivosais,no desbaratar das convencoes, ela como humus ainda morno em sua boca!
Cont.Poein falo-acrata
1A estoria repete-se.La fora quase que se extasia,as anemonas e as flores outras de que nao sei o nome.
Existe qualquer coisa de favoravel nesta derrota toda;o sorriso que a ela empresto,uma vida a crescer no proximo outono.
Porque recusar o inadiavel?Porque olvidar em gestos a aparente calma dofinal do dia?
2Inalianavel! e incomensuravel!
A linha e tenue e limitada; nao nos concentramos em nenhuma cor em especial.O dia e normal e la fora do green oazul do mar nao descolora.
A ultrapassagem e uma vulva,qual valvula que se activa e nos excita;de mulheres o mundo se aparta,de seres que se movem na importante metamorfose da vida.
3A vida e assim,um somatorio qualitativo de pequenos nadas,o canto no final do dia, o adeus refrescante dela em se retirandopela janela destruida pelos faunos!
Aqui outra vez, automatico desejo
Como passar as noites, uma sensacao de desposicionamento, uma solitude azul num mar de luzes - tantas - nos nossos arredores.E temos uma idade refinadora do passar os outros - um exercicio de observacao que se olha aos nossos olhos, os olhos dos outros.Estrategias constantes, sonhos de um isolamento imparavel; para fora uma objectividade antiga.Existem estrategias diferentes para um mesmo discurso; um discurso que engloba o amor, o prazer, o desprazer e a angustia de um tempo que passa num fluir que nao para nunca a olhar o antigo leito.
E um discurso iniciado 30 anos atras, um discurso de ultrapassagem de uma realidade ainda nao totalmente adquirida. Suponhamos um fluir de um rio, uma ideia azul que passa. Os olhos por de sobre o rio, num ritmo de alto e baixo; apenas e so assim a mirar os arredores.
Arredores que se diluem em multipartidos ritmos de cor. A cor da ultrapassagem, o cinzento da paragem a duvida - um vermelho vivo. A ultrapassagem e um processo lento, mais lento que a sobrevida.
Sobreviventes num olhar os arredores que se nao leem certo. Existem sempre caminhos paralelos, desconexos e convexos - uma inflexao que surge tantas vezes num desprazer azul.A manha as vezes nao aparece e entao o cinzento das nuvens esvoaca tao proximo das nossas cabecas.
Ja nao pergunto porque; as coisas estao inscritas e a inscricao e o quefazer em qualquer espaco, as cores, os amigos que passam, as ausencias, as estorias inventadas e que se inventam.O desprazer e estar gordo e apetecer dormir, andar pelas estradas desertas e deixar-se roubar pela enesima vez pela mesma prostituta.Que e o desprazer? Uma especie de masoquismo autista que e parte de um todo incompleto.E assim o tempo passa. Passa em paletas que se dissolvem no passar os dias.
Automatico desejo, outra vez aqui
A escrevinhadura e um acto em que o autismo dolorosamente se assume,esmagadora realidade que existe como redoma inquebravel.
O desejo funciona como um ruido de estomago vazio. a distracao sao as milhares de vidas desvairadas e com sentidos diversos. Estar e um sentido que se procura. O estar o movimentar da mao que segura a caneta. E assim o ritmo do escapar a dormencia do sono.
Nasce a premencia do ser. A orientacao para fugir a uma morte anunciada. O tempo instiga a mudanca, as coisas precipitam-se como o desprender suave do gelo em qualquer icebergue.
Aqui e noite, e da noite um azul passa sempre no arredor. Lembram-se teorias revolucionarias que se esvaziam do sujeito. Que fazer para nao nos alinharmos, que fazer para manter intacta a independencia?
Dormencia: vaneigen; a ultrapassagem; leadership. A insolvencia, o automatismo da escrita. Vagarosa e sem sentido; boa reconfortante; quente e fria como Irish Coffee.
O espaco e como um sinal de automatico desejo. Que se partilha nos dias de hoje? - pouco.
Tem o drama muitas vezes tantas caras.A cara de consolidar outros caminhos; caminhos proximos; azul sempre um mar; e tantas as automaticas vias. Azul sempre presente. Na minha lingua que sou mais eu.
Cada vez mais proximo. Assim como que ja no outro lado - estranhos sons, ouvidos que se preparam; que linguagem?!
Impressoes: qualitativamente uma das melhores visitas: financeiramente, diplomaticamente, em termos de descanso super, em termos de relaxacao e futurosmiling, super, tambem!
A familia e as contradicoes, velhas familias e novas familias, som e luz e olhares e ouvires e estares. "Extrema leveza do som".
"Passear em pes de pluma por este mundo alem" Resultado de uma novela, assim como comics, azul do ceu; um pouco o trabalho alem,para se nao esconder a chama nos redondeis fechados.
Na escrita automatica a iniciacao acontece, a continuacao desenvolve-se em fluires diversos, ritmos derivados do estado fisico e dos arredores.( "oh tempo que fluis e nao voltas! esquece a lembranca de animal domesticado que es, deixa-me voar, deixa-me ser livre!")
Existe sempre um aktu o acto em si que se interliga numa inocencia que escolhe as palavras que mais pululam proximo. Nao existe mais que um pequeno esforco. Um pequeno esforco que surge no tempo e no espaco simetricamente numa geometria que se esbate como na pintura, em ceramica que se vai cozer.
Os grandes temas sao pivotais. Um ruido que nos envolve no estarmos unidos numa aura reduzida ao nosso espaco mais proximo.Num caleidoscopio as cores misturam-se com dificuldade mas definitivamente e geometricamente.A geometria pode e deve ser redondeis:primeiro porque redondeis e a forma natural de todas as unioes,de todo o factual que se redime de todos os falhancos anteriores.
Balanco de perspectivas: o longo curso surge aqui como uma extensao ao sonho - a luz enquadra-se e dilui-se; planos sao necessarios a uma poetica libertadora, planos que se desdobrem e se envolvam no espaco a medida da construcao das estructuras de libertacao.
O crescimento do sonho e um facto que se transforma quanto mais nos libertamos do contexto factual. Os factos podem ser dissolvidos numa subvercao que nao exista como maquinaria pesada. Ao som da mudanca surge-nos a cor da libertacao.Modelos nao existem mais modelos efectivamente apenas constituem a paisagem onde evoluimos.
Entao lancamos lacos os lacos de uma corda imaginaria. O subjectivo e como a mulher desejada- no desejo construindo-se um volatil corpo - que se modela no espaco.
Uma escrita automatica, cansada hoje porque se dormiu pouco. Ao lado da estacao encontrei quem bebia infringido acordos. E assim, e sinto-me feliz de certa forma de as nao ver mais que o simples piscar de olho e tres palavras de circunstancia: "...Bye, take care!" Soou-me esplendido.
Para o largado, o mar se foi, a paisagem mais compacta, a paisagem mais parada, nao serena, no entanto.Como perpetuar os momentos? Pergunta sem resposta satisfatoria, sem nenhuma resposta, para se ser franco.
Poderia ate fazer do plano um outro plano...
Inspirations
“………stay awayfrom magic shows.especially thoseinvolving wordswords are verytricky things.everyone knowswordsthe most commoninstruments ofillusion.
they most likely be saying them.breathing poemsso rhythmicyou can't helpbut dance.
and onceyou start dancingto wordsyou might neverstop.”Sorcery, J.H.
Inspiring people to act is one of many things I do.
Falo, falo muito, construindo imagens que provoquem ao sonhoEm voltaDou a corda e estou do outro lado Desalinhado
Hoje falei da pobreza e da riqueza Das diferencas das distanciasMisturei ao discurso uns graficos e imagens fortes
Neste mundo parcelar a colagem e a sintese Sao dois actos necessariosFalar do mato e das cidades Do sofrimento e da sua superacao.
A visita - e uma- tecnica de relaxacao e meditacao
Em fundo o som do marO vento tambem em fundo mexendo nas copas das arvores do nosso parqueO espaco tem quase a luz de lua novaO vento mexe com a chama das velas em nossos arredores
Conhecemo-nosE ao som do mar e do vento junta-se Marlui Miranda-Ihu todos os sons-
Enfrentamo-nos-Tchori , Tchori-As nossas maos passeando pelos bracos um do outroOlhamo-nos sempre nos olhos e perguntamos dos ultimos meses-Araruna-Os olhos fechados Sabendo devagar os ultimos mesesO corpo quenteMais juntos Misturados ao som do mar, todos os ultimos meses passados em revista-15 variacoes de Hai Nai Hai-
Um cha de ervas do jardim bem quenteEncerra o dia - e inicia um nova danca
Preciosismos
Recebemos uma cartinha do Natwest (banco ingles) dizendo que nao poderiamos abrir nova conta. A razao simples: no passaporte tinhamos estampado um Zimbabwe visa.Estou a pensar mudar de banco - tenho conta antiga e tambem visto do Zimbabwe.Algumas coisas funcionam extremamente bem nos negocios estranjeiros ingleses... "World Orchestra for Peace"Valery Gergiev maestro - gosto decididamente deste conductor. Calmo e sobrio e bonito de se ouvir em entrevista.A orquestra simplesmente fantastica.
Setembro anuncia-se e inglaterra comeca a tornar-se friaventocinzento,decididamente vou agora fazer uma pequena viagem,ligar o ar condicionado embriagar-me com a paisagem a passar a 100 miles an hour!
Lions Head
Viajamos em supersonica velocidade A terra do ritmoE nessa dimensao observamos um animal por de dentro do capimParecia um leao,A sua presenca encheu por completo o sonho-Que me dizes animal que mal te ouco?- Seguimos as instrucoes do sonhoA manha estava fresca partimosNa bagagem a lembranca de ontemE umas garrafas de agua – no mato encontramos sempre o que comer.
Sao muitas as milhas que se percorremMuitas mais milhas se o nosso guia se dilui no caminhar do dia
Sem nexo o outro lado do rioDizem-nos que somos manjar pra crocodilos Mas as criancas riem, riem muito E sabemos que estamos proximo.
Olhamos em volta e estamos sosOuvimos ao longe o riso de criancas Misturado com o som do rio
A tarde e alta e finalmente completamos as instrucoes do sonho…
"Because I care"
......."""Lo mejor para la tristeza"",contestó Merlin,empezando a soplar y resoplar, es aprender algo.Es lo único que no falla nunca.Puedes envejecer y sentir toda tu anatomía temblorosa;puedes permanaecer durante horas por la noche escuchando el desorden de tus venas;puedes echar de menos a tu único amor;puedes ver el mundo a tu alrededor devastado por locos perversos;o saber que tu honor es pisoteado por las cloacas de inteligencias inferiores.Entonces sólo hay una cosa posible: aprender. Aprender por qué se mueve el mundo y lo que hace que se mueva.Es lo único que la inteligencia no puede agotar,ni alienar,que nunca la torturará,que nunca le inspirará miedo ni desconfianza y que nunca soñará con lamentar,de la que nunca se arrepentirá.Aprender es lo que te conviene.Mira la cantidad de cosas que puedes aprender: la ciencia pura,la única pureza que existe.Entonces puedes aprender astronomía en el espacio de una vida,historia natural en tres,literatura en seis.Y entonces después de haber agotado un millon de vidas en biología y medicina y teología y geografía e historia y economía,pues entonces puedes empezar a hacer une rueda de carreta con la madera apropiada,o pasar cincuenta años aprendiendo a empezar a vencer a tu contrincante en esgrima.Y después de eso puedes empezar de nuevo con las matematicas hasta que sea tiempo de aprender a arar la tierra........ Cualquier "Yo soy " que te impide el crecimiento es un demonio que hay que exorcisar.Y si forzosamente debes tener un "Yo soy",prueba esta a ver cómo te va: yo soy un "Yo soy" excorcista y me gusta serlo.
Passeei com este texto muito tempo – dobrado em quatro na minha carteira. Tantas vezes o desdobrei e li e li alto para outros ouvir! (tambem porque gosto e regularmente leio, falo ou ouco espanhol) Foi-me dado por alguem que festeja a vida, todo o dia, todos os dias!
E vem este texto a proposito da proxima quarta-feira e da apresentacao que estou a preparar. Falarei da educacao como chave para o desenvolvimento: “ Education – The Key to Development” numa perspectiva de ajuda ao desenvolvimento nao especializada, ao alcance de todos e tendo como protagonistas pessoas empenhadas em dar o seu tempo, dar-se sem medo ou limitacao.
Tento sempre passar a ideia que o trabalho voluntario ao nivel de raiz (Grassroot), e criar nas pessoas -sujeito- a capacidade de sonhar. Nao diz o poeta?:“Eles nao sabem que o sonho/ e uma constante da vida/ tao concreta e definida/como outra coisa qualquer,…” .
Infelizmente milhoes e milhoes de individuos, apenas vivem pensando onde irao desencantar a proxima refeicao.
Trabalhar em conjunto, dar e receber as ferramentas – educacao, ideias, estorias... a quem as nao tem, tarefa possivel e necessaria de todos os que vivem num mundo que tem e cria reservas.“…o sonho comanda a vida,/que sempre que um homem sonha/o mundo pula e avanca/como bola colorida/entre as maos de uma crianca.”
Inspirations II
“………….stay awayfrom the day.they most likelybe walkingdown the streetwhen you leastexpect ittrying to lookordinarybut they so finethey break your heartby making you dreamof other possibilities.
stay awayfrom crazy music.they most likelybe creating itcuzwhen you're that beautifulyou can't helpputting it out there.everyone knowshow dangerousthat can get.…………….”Sorcery,J.H.
Participar , comunicar e realizar ( onde ja ouvi isto?...), tres razoes porque me sinto bem,O jogo, o desvio, a subjectividade (isto ja foi dito antes), tres ferramentas com que me sinto bem,A criatividade, o que me permite a mistura de todos os conceitos ditos em up e me enche os dias,Tomemos tudo isto numa mao fechemo-la,Atiremos o seu content ao ar – (como fazemos quando limpamos o cereal em tempo de colheita)Apliquemos-lhe um movimento taichiano – why not the Brush Dust Against the Wind?!-E depois esperemos a ver o que acontece…(em posicao de sprinter!)
Inspirations III
strong>Sorcery“there are some people i knowwhose beautyis a crime.who make you so crazyyou don't knowwhether to throw yourselfat themor kill them.which makesfor permanent madness.which could bebad for you.you better be on the lookoutfor such circumstances.
stay awayfrom the night.they most likely lurkin the corners of the roomwhere they thinkthey being inconspicuousbut they so beautifulan auragives them away.……………….”Sorcery, JH
Vejo-a passar e de repente sintoQue o meu coracao tem fome,
Sei-a Messalina -ainda assim uma vertigemlanca-me pelas ruas no seu encalco
noitee no reencontromantivemos a imobilidade no prazer que nos arrastou
o prazer que nos reencontrou.
Vai ser um lindo dia
Lembrei agora das dancas no chaoDe madeira,Ainda nao era o tempo das alcatifasE das sinusites;Carregavamos a idade do xadrez pelas tardesA correria a fugir da menina desesperada a procura de um amanteOs experimentos a volta da musica[as vacas gostam de ouvir Pink Floyd e musica classica,As ovelhas Brian Eno,(e) os cavalos dormem de pe].
gate gate paragate parasamgate bodhi svaha
recebi hoje um mail e um sorriso,olhei uns olhos belissimosmas que vinham em sentido contrario,decifrei um codice e escrevi outrocontei uma estoria e escrevi um conto,construi um computador e avariei outrocortei o cabelo e passeei a cabeleireira,fui a praia e caminhei no parque,falei de arquitectura e de flores,e agora vou jantar que tenho fome!
gate gate paragate parasamgate bodhi svaharecebi hoje um mail e um sorriso,olhei uns olhos belissimosmas que vinham em sentido contrario,decifrei um codice e escrevi outrocontei uma estoria e escrevi um conto,construi um computador e avariei outrocortei o cabelo e passeei a cabeleireira,fui a praia e caminhei no parque,falei de arquitectura e de flores,e agora vou jantar que tenho fome!

[gate gate paragate parasamgate bodhi svaha]
como se ainda fora ontem
Eram estorias de um envolvimento quaseelectrico; um milhao de evolucoes que prendiamem ritmo voltaico os espacos em redor.Era tambem um tempo em que as luasvolteavam em sombras o movimento nocturnode algumas criaturas.Era por esses tempos que me ouvia assobiarnum estranho contentamento.Nada perfazia um azul marinho que naobuscava mais que a satisfacao imediata.Tempos de uma certa letargia que ao mesmo tempo avancava devagar;tempos suaves que nao olvidavam aliteracoes de constantes fluidos.Redondel disperso. Sem as portas das relacoes dificeisou as janelas de relacoes a construir.Miriades passavam e azul o mar augurava milhares de estrelas de sorte.Eramos muitos abracados em um silencioque ouviamos um assobiar tao dentro que nos ultrapassava.Azul o mar e azul o ceu.Tanto poderiamos ser em festejos um soou em enterro tantos.Verde era uma cor imaginavel. Nunca presente fisicamente,-nem implicitamente desejada-mas que volteava assim como que uma aura.Verde que significaria os sorrisos interiors que imaginavamosao ouvir o som dos nossos cantares secretos.
"este verao concentrado em cada espelho"
Gentle Giant em fundo,
“Poesia Toda”na minha secretaria, hoje
porque existe uma estranha alegria nos arredores.
O fim do verao inebria e transforma a eles que passam

Do meu espaco escolho os olhares que mais gosto,
Porque me encantam voces?
Por que me cantam trovas de flores e dancam musicas das mais desvairadas proveniencias?

O amor em visita?
O coracao na boca?
Do mundo?
Lanterna magica?

O fim de verao da-nos as mais cheirosas macas,
Elas perfumam o ar em volta,
elas desafiam e provocam o distanciamento de toda a distancia.

O primeiro plagio do dia
Acerca da situacao politica em geral:
"os exercitos da ordem so recrutam mutilados"
nao divulgo a fonte, mas apenas pistas