31.5.06

do outro lado
caminhando em simples riot
ela a medusa mestra da musica e dança
espalha a dor e sofrimento
por entre os actores,
em riso

e onde a outra
a minha preferida?!...

A
Perfeita a quebra do silêncio
vinda do outro lado

darling, como tu me chamas,
essa palavra otherwise por mim considerada uma bêtise,
arranhou-me o estomago
já de si revoltado

e mais que arranhão
tolheu-o

porque te gosto fundo
...ninfa.

29.5.06

I'm alive!
Coming from more than three days of what I can call mild malaria.
The nurse was fantastic, just said to me, "it will be like this for the next 6 months, you'll have a very bad first day and when you are just feeling fine, you come back, and everything will start again!"

What a Cheer Up! ( I know that will not be like she says)

(But) let's be positive. My working days of 14-18 hours are numbered. Yuppie!
Only my most urgent projects will have an attention! The others and many of routine tasks will gain new hands and legs to move far from me! Yuuuppiiii!
Travel? I think I can go as far as Scotland, but isn’t Glasgow a fantastic place to go?

Sakamoto Kyu to sheer up his fellow Japanese people after the Second world war came up with one of the most appealing and beautiful songs I ever heard:
“Sukiyaki (Ue wo muite arukou):
I look up when I walk
Ueo muite aruko
I look up when I walk
Namida ga koborenai yoni
So the tears won’t fall
Omaidasu Harunohi
Remembering those happy spring days
Hitoribochi no yoru
But tonight I’m all alone

Ueo muite aruko
I look up when I walk
Nijinda hoshio kazoete
Counting the stars with tearful eyes
....................................”
Japanese people still sing this song with closed lips to look for and find out new happiness

But better song than this one to sheer me up is difficult!

And what will happen in the morning when the world it gets
so crowded that you can't look out the window in the morning.

And what will happen in the evening in the forest with the weasel
with the teeth that bite so sharp when you're not looking in the evening.

And all the friends that you once knew are left behind they kept you safe
and so secure amongst the books and all the records of your lifetime.

What will happen
In the morning
When the world it gets so crowded that you can't look out the window
in the morning.

Hey, take a little while to grow your brother's hair
And now, take a little while to make your sister fair.
And now that the family
Is part of a chain
Take off your eyeshade
Start over again.

Now take a little while to find your way in here
Now take a little while to make your story clear.
Now that you're lifting
Your feet from the ground
Weigh up your anchor
And never look round.

Let's sing a song
For Hazey Jane
She's back again in my mind.
If songs were lines
In a conversation
The situation would be fine.

Hazey Jane II
Nick Drake
Bryter layter (1970)

26.5.06


Dear friends!

The day I've been waiting for has finally arrived. During the next 6 months I will be undergoing a treatment for a potential deadly health condition. The funny part of the story is that I will probably get sicker than I am now!

It is all a question mark. And I’m smiling of expectation!
Can I continue and feel like posting, can I continue to teach and travel around?
Can I continue to inspire or do I need someone to inspire me?

For the few of you following my path, a smile and keep in touch!
You know where my physical base is; to the others the virtual friends, see you around!

I leave you with a comment to a comment of mine (stolen from her inspirational blog)

"I'm smiling too!
Don't we learn most from our fallacies? And I wonder why we crave to make sense of life when it is full of Non Sequiturs.
Gratias!"

Tom Schamp
Night Boy
Illustration for children's book "Le livre des peut-être"

25.5.06

Automatica escrita II
metodo

Same method as in 03/05. Unicos cambiantes: echarpe laranja, barrete verde e castanho fabricado em Casablanca; um sorriso na face e dois meios sorrisos no coracao. Alone.
Belissimos cogumelos gratinados com legumes variados, o mesmo cha e o fantastico cafe machiato.
Escrita ao mesmo tempo, lapiseira Parker e good note book.
Results sem acentos
Esta escrevinhura comeca de uma forma diferente: em processo de reencontro com Hell.
A diferenca reside na expressao irada dos dias; estes dias que passam numa vagarosa dicotomia.
Rapidos constantes; sem descanso na rotina sem rotinas; multicoloridas expressoes dissolvidas num azul que se confunde contigo.
Parece que tudo o que amo se distingue da paisagem pela sua cor penetrantemente azul.
Ainda antes da degradacao do poema, ainda antes de te ter.
Midway, quase finalle; teremos que esvaziar os baldes azuis que de agua barrenta se enchem convulsivamente;
"conheces o sem-fim, aquele posicional boneco que se imiscui sempre que estamos sos?"
As respostas nao chegam assim como todos desejamos; temos tantas vezes de lutar por elas; para nao dizer sempre!.
metodo:continuacao
Caminho de regresso, sem som, calado; 45 minutes em dark, walking fast but relaxed.
finale
imediata copia em disco duro, indexacao temporal e espacial; dissecacao e interpretacao a luz da releitura dos dias.

"I saw all that was offered to me that I could not accept.
I saw the letters I wished for but never received.

I saw all that could have been but never will be."

24.5.06

Desfocada
vibrando dentro de mim
apenas
inside me
vibrating
et je sais pas
si ton coeur
vibre aussi...


opensource

21.5.06


Falemos então de amor
Como coisa permitida
A transformação de um sistema de códigos
Em
Alegoria,

O nosso amor
é brincadeira proibida,
Um jogar ao gato e ao rato
Com o riso
E o sorriso,
A provocação sistemática do embaraçamento
Como ultrapassagem
Do banal
O esconder
E o mostrar
O delírio
Das feromonas

"bonita bonito"

Sweet boy
El don Guillermo: illustration

19.5.06


...en amazone



"L'amour est enfant de bohème qui n'a jamais connu de loi !!!"






DAME UN BESO
from BD/ Comics FERRAILLE n° 27

El don Guillermo both illustrations

17.5.06



my countryside could be like this one, no?

The Hlebine Jadwiga
Generalic, Josip (1936)
Born in Hlebine, Croatia

16.5.06

Assilina
respondeu-me que não,
jamais poderiamos ser amantes
mesmo que por uma noite
"I knew that", retorqui com enorme sorriso
e então da bagunça das memórias frescas
li-lhe este poema:

Espaço sem portas, sem estradas, o do amor.

O primeiro desejo dos amantes

é serem velhos amantes.

E começarem assim

o amor pelo fim.


O DO AMOR
Tutta
Regina Guimarães

15.5.06

.........................
III
Havia um homem que corria pelo orvalho dentro.
O orvalho da muita manhã.
Corria de noite, como em meio da alegria,
pelo orvalho parado da noite.
Luzia no orvalho. Levava uma flecha
pelo orvalho dentro, como se estivesse a ser caçado loucamente
por um caçador de que nada se sabia.
E era pelo orvalho dentro.
Brilhava.

Não havia animal que no seu pêlo brilhasse
assim na morte,
batendo nas ervas extasiadas por uma morte
tão bela.
Porque as ervas têm pálpebras abertas
sobre estas imagens tremendamente puras.

Pelo orvalho dentro.
De dia. De noite.
A sua cara batia nas candeias.
Batia nas coisas gerais da manhã.
Havia um homem que ia admiravelmente perseguido.
Tomava alegria no pensamento
do orvalho. Corria.

Ouvi dizer que os mortos respiram com luzes transformadas.
Que têm os olhos cegos como sangue.
Este corria, assombrado.
Os mortos devem ser puros.
Ouvi dizer que respiram.
Correm pelo orvalho dentro, e depois
estendem-se. Ajudam os vivos.
São doces equivalências, luzes, ideias puras.
Vejo que a morte é como romper uma palavra e passar

-a morte é passar, como rompendo uma palavra,
através da porta,
para uma nova palavra. E vejo
o mesmo ritmo geral. Como morte e ressurreição
através das portas de outros corpos.
Como uma qualidade ardente de uma coisa para
outra coisa, como os dedos passam fogo
à criação inteira, e o pensamento
pára e escurece

-como no meio do orvalho o amor é total.
Havia um homem que ficou deitado
com uma flecha na fantasia.
A sua água era antiga. Estava
tão morto que vivia unicamente.
Dentro dele batiam as portas, e ele corria
pelas portas dentro, de dia, de noite.
Passava para todos os corpos.
Como em alegria, batia nos olhos das ervas
que fixam estas coisas puras.
Renascia.
............................................
Herberto Helder
“Elegia múltipla“ A COLHER NA BOCA, 1958
Poesia Toda I /Herberto Helder e Assirio & Alvim, 1996

12.5.06


Trust and surrender
a test
tantra
energy
you
and
me

8.5.06



Ficaria aqui pelo resto da noite
se soubesse que o teu fogo
iluminaria o meu caminho

seguiria o teu rasto
se te soubesse aqui

presença não toda

e se sou oferecido um sorriso tão enorme
das bocas em redor
e os sons que ouço guturalmente me embalam
e me inspiram
e o contacto tão físico me entrega à vida

deixo o palco
silencioso em profundo respeito.

ultrapassagem em A

photo: from Albina
Experiments
new experiences, Japan and Korea
here.

Fragile strength
determination
music and massage
origami
the smiles
the politeness
shyness offered in a sincere and surprising way
( so important the praxis!).

We have so much to learn from
Japan and Korea!

Energy

3.5.06

Automatica escrita.
metodo:
45 minutes brisk walking, alone, good shoes, echarpe brilhante e colorida, um sorriso na face e dois sorrisos no coracao. Sem acentos, fluindo, com rumo meio definido.
A mente esvaziando, very good restaurant/hotel a esquerda and stop!
Longo tempo saboreando lasagna vegetariana, tea, and cafe machiato.
Escrita ao mesmo tempo, lapiseira Parker e good note book.
Results sem acentos
"Common Life", a vida em comum tem as suas coisas, uma mitomania que se circunscreve a um territorio fechado. Um mundo de arredores distantes, um parque que se torna em azul profundo. Em comum das distancias fazemos uma caustica revisao da materia dada.
Somos outra vez tirados de um mundo que queremos nosso e queremos dar em segredo em prazer da proxima conquista.
Queremos tantas vezes um movimento redondo que se nao imiscua na geometria dos quadrados. Em quadradura desenhamos circulos. Concentricidades,poderemos afirmar em sentindo o cerco das tropas do desprazer.
A realidade esgota-se num alucinar a fuga organizada, um funeral auspicioso com musica de Momus.
Consciente das quebras dos discursos, como tu bem dizes. Em azul, azul de mares e lagos e dos teus olhos!
O isolamento entesa o cerebro; um congeminar selvatico desenlaca um movimento em retorta. Sentimo-nos lagartos sentimo-nos conscientes de uma incrustacao nas virilhas.
Salgados os nossos labios nao nos passam a electrica sensacao do beijo: figos em arvores retorcidas, vinho doce espesso em concussao.
metodo:continuacao
Caminho de regresso, cantando alto; 45 minutes em dark, walking fast but relaxed.
finale
imediata copia em disco duro, indexacao temporal e espacial; dissecacao e interpretacao a luz da releitura dos dias.