23.11.05

Consigo-te explicar a minha inércia
mas não tenciono
marchar em terreno movediço.
O desejo enquadra-se perfeito
no teu corpo altivo
princesa que me queres crer.
Não te tomo o corpo
como chá verde -
existes como infusão antiga e refinada,
um gosto que se suspende do abismo.
E sabes que o teu exotismo
me agrada
me agarra sem nexo aos teus sentidos.

"porque me visita agora o pássaro fugido?"

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