25.11.05

Eram estorias de um envolvimento quase
electrico; um milhao de evolucoes que prendiam
em ritmo voltaico os espacos em redor.
Era tambem um tempo em que as luas
volteavam em sombras o movimento nocturno
de algumas criaturas.

Era por esses tempos que me ouvia assobiar
num estranho contentamento.
Nada perfazia um azul marinho que nao
buscava mais que a satisfacao imediata.
Tempos de uma certa letargia que ao mesmo tempo
avancava devagar;
tempos suaves que nao olvidavam aliteracoes de constantes fluidos.

Redondel disperso. Sem as portas das relacoes dificeis
ou as janelas de relacoes a construir.
Miriades passavam e azul o mar
augurava milhares de estrelas de sorte.

Eramos muitos
abracados em um silencio
que ouviamos
um assobiar tao dentro que nos ultrapassava.

Azul o mar e azul o ceu.
Tanto poderiamos ser em festejos um so
ou em enterro tantos.

Verde era uma cor imaginavel.
Nunca presente fisicamente,
-nem implicitamente desejada-
mas que volteava assim como que uma aura.

Verde que significaria
os sorrisos interiors que imaginavamos
ao ouvir o som
dos nossos cantares secretos.

"E de repente tudo se torna repetitivo"
desviado daqui

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