8.3.06

Porque gosto tanto de te ouvir
e de estar em som
como de janelas abertas
este mar;
porque restas mesmo quando está tudo por fazer
embalado no enrolado discurso
que se estende e se espraia e se detona
na tua frente!?...
Este será aquele ponto em que o azul
se vestirá das minhas cores
ou talvez não;
partida e chegada
em alvoradas
no carrocel árduo
como as tuas coxas.
Falo então automaticamente,
encantado hipnotizado pelas tuas mãos tremendamente incestuosas,
e assim fugido da responsibidade
corro na transversal
a avenida longa com as luzes que não funcionam;
prometi-te que usaria apenas mil palavras
para te expressar o meu amor
e bastam menos
porque amar-te é economia de palavras
expansão infinita de impulsos aleatórios.

espero e o meu coração bate violentamente

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