22.12.06

estranho sincopado ritmo
em maresia
faltam os olhos o sol não brilha
ultrapassagem
matinal refúgio em caminhar para fora
o jornal resiste num tempo ido
não resisto
olho a janela fora o céu incendeia a paisagem
verde ainda castanho tanto
preenches o espaço e eu acho-me estranho
no caminho encontro um querubim
caju e mais
miro-te em distância e observo-te como árvore milagrosa
as palavras alinhadas no discurso quotidiano dos pequenos nadas
do meu esconderijo apenas venho para sentir-me em ti
a brisa como vida tu como brisa e tanto

amanhã vou cantar para ti

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